A felicidade não é uma estação aonde chegamos, e sim uma maneira de viajar!
Lembro de momentos de minha infância que saíamos de carro.
Durante esses passeios ou viagens, eu e minha irmã ficávamos acenando para as pessoas que estavam no carro de trás (e a minha maior alegria era quando elas acenavam de volta), fazíamos contagens dos modelos de carro, cor de carros, bandeiras do Brasil para ver quem via mais e assim, acabava sendo vencedora da "competição".
Ao sair da cidade e ir para nosso destino, seguíamos por estradas onde se observava que a paisagem começava a mudar e a gente podia ver coisas que não faziam parte do nosso dia a dia, como pastos e vaquinhas, poucas casas, poucos carros, estradas de chão batido.
Os anos passaram!
Hoje, quando saio de carro, ainda fico admirando a paisagem e me detenho em pequenos detalhes que a maioria das pessoas com certeza não vê. Observar a paisagem me faz bem, alimenta meu espírito, me traz tranquilidade e também consigo sentir a simplicidade das pequenas coisas através de meu olhar.
Essa "brincadeira", agora sendo mãe, passei a exercer com meus filhos em nossos passeios. Vislumbrava algo belo e compartilhava com eles: uma nuvem, um céu pintado de rosa, uma árvore, uma flor, um pássaro, um monumento em ruína, uma igrejinha, um animal, um amanhecer, um anoitecer, um luar. Depois de um tempo, se eu não visse algo, eles faziam questão de me fazer ver. Eles passaram a admirar as paisagens e ver o belo, que muitas vezes é invisível aos olhos.
De que adianta viver se não refletimos, ou caminhar se não paramos um pouco para admirar a paisagem? Pensar na vida é isso... parar um pouquinho.
“A felicidade não é uma estação aonde chegamos, e sim uma maneira de viajar”, já disse apoeta Margaret Lee Runbeck (poeta americana que viveu entre 1905-1956).