Até quando?

14/01/2015 09:47

Não há dúvida, para a maioria das pessoas, que o sistema atual onde estamos inseridos, é bruto!

Muitas pessoas sempre tiveram uma grande capacidade de força interior e de superação no que diz respeito às “arapucas” que a vida prega, aos problemas e contratempos que surgem quase que diariamente na vida delas.

Mas tem horas que nem os pensamentos mais otimistas e esperançosos são capazes de aliviar o nível absurdo de indignação que toma conta do nosso ser.

Cheguei à conclusão de que as palavras que saem da boca das pessoas, chegam aos ouvidos alheios formando no meio desta tentativa ilusória de comunicação, um imenso vazio que depois se volta contra elas mesmas, de forma violenta..

Paramos, analisamos e pensamos: Mas afinal, o que foi que fizemos?

Será que somos tão idiotas assim, a ponto de não termos percebido o quanto somos ingênuos e  infinitamente sem noção?

Alguém por favor me diga qual o norte que devemos tomar?

Paro e penso no que resta quando se tenta ser bom em várias circunstâncias da vida profissional, afetiva, social, familiar, intelectual, financeira, espiritual e sei lá eu mais o que... Não sei para vocês, mas pra mim tudo aquilo que tento dar de melhor faço de coração, sem esperar receber retorno algum ou recompensa.

Daí podemos pensar: De que adianta se esforçar pra ser a(o) melhor amiga(o), melhor profissional, melhor irmã(ão), melhor colega, melhor motorista, melhor ouvinte, se na hora do acerto de contas ficamos sempre com o desmerecimento, a desvalorização de atitudes e valores nobres que fazem parte de nosso “eu”?

Mas não somos assim! Não podemos viver apenas nos olhando no espelho e nos importando apenas com a nossa alma.

Será que tudo o que fazemos, precisamos de aplausos? Na minha opinião, não. Necessitamos de reconhecimento, admiração, carinho, compaixão, afeto, atenção mas não aplausos pelo bem que fizemos a outrem.  

Muitas vezes, penso : Não tenho necessidade e nem por que, entender este mundo... Não existe importância em saber ou me importar com o que os outros pensam, o que eles fazem e sim, me resguardar ao máximo para não ser atingida, de alguma forma. Desisti de entender o que cativa às pessoas, o que faz a gente se tornar uma pessoa admirável, especial e única no mundo.

Olho pro lado e vejo ingratidão, desprezo, desdém, indiferença...

Olho de novo e vejo pessoas medíocres tendo privilégios completamente descabidos e sem o menor merecimento, e aí me questiono... será que peguei o trem errado?

Será que um dia terei respostas para esta situação que se encontra a sociedade?

Creio que viverei por muito tempo sem respostas para estas minhas dúvidas.

Talvez precisemos ser menos receptivos, mais seletivos e reservados, quem sabe mais frios, mais distantes, mais indiferentes e quase intocáveis.

Por vezes, me sinto exausta de querer fazer o bem para os outros, já que dizem que o inferno está cheio de boas intenções.

Enquanto isso, vou vivendo tendo a certeza que não conseguirei modificar este meu comportamento generoso e solidário, este jeito de acreditar ainda que a humanidade é boa e continuarei sendo feliz desta forma.

Porque Deus me presenteou com pessoas que são tudo para mim (meus filhos), amigos e família que realmente se importam comigo, que me mostram e me fazem sentir, que tenho valor.

Pois é apenas isso que importa! Até lá, fica essa dúvida constante rondando meus pensamentos... Até quando a humanidade que se diz civilizada, conseguirá permanece vivendo sem o mínimo de reconhecimento, admiração, carinho, compaixão, afeto e atenção?

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