Deve haver alguma coisa, que ainda te emocione
Hoje, a maioria das pessoas vive dentro de uma bolha protetora, onde emocionar-se é o mesmo que ser fraco, frágil, sentimental demais, apegado, diante do outro.
Pela internet esses dias, conheci a história de Chris McCandless (conhecido também por Alexander Supertramp), um viajante americano que largou tudo para viver melhor, com simplicidade, tirando partido das pequenas coisas da vida, vivendo apenas das aventuras como experiências e vivências só que, apesar de toda a sua coragem, foi encontrado morto por inanição em uma selva alasquiana, conseguindo viver apenas por 2 anos da forma que queria) mas, para alguns de nós, pode servir de exemplo para reconhecermos que, se mudarmos o nosso presente, nos permitindo sentir emoções fazendo exatamente da forma que escolhermos viver, melhoraremos consequentemente, o nosso futuro.
Foram encontrados vários escritos dele perto de onde foi localizado, e um deles dizia: - “Se admitirmos que a vida humana é regida apenas pela razão, está destruída a possibilidade da vida”.
Razão e emoção, uma batalha dura esta, sempre travada dentro de nós.
O mundo nos cobra certas atitudes e comportamentos e muitas vezes, que devemos ser insensíveis naquilo que diz respeito aos mais variados assuntos, nos transformando em seres frios, egoístas e egocêntricos. Isso tudo faz com que as pessoas passem a acreditar que um coração castrado, cicatrizado, fechado e terrivelmente frio, suavizará os golpes que a vida costuma dar.
Mas por quê? Por que optar a viver desta forma fria de sentir tudo e todos a nossa volta, sem se dar ao prazer de viver emoções e sensações que só nos fazem bem?
Há tantas vivências, informações, sentidos, sensações, cores e sabores para serem descobertos!
Reprimir a admiração por algo, faltar palavras para descrever uma música, a euforia dramática de assistir um filme, a contemplação de uma paisagem, desistir de poder viver memoráveis momentos passados com pessoas queridas que por nós alimentam um carinho enorme. Por que se privar disso? Por que ser sempre apenas racional? Por que excluir essas sensações?
Nascemos emocionados, mas conforme crescemos fomos abolindo os “caprichos” do coração, pois para muitos, isso é visto como sinal de fraqueza.
Talvez seja por isso que ainda não sejamos capazes de reconhecer relacionamentos, que excluímos pessoas de nossas vidas, que não nos damos tempo para sentir.
Deve haver alguma coisa que ainda emocione as pessoas!
Deixar a emoção e se esquecer um pouco da razão não é mostrar-se fraco ou sentimental demais, mas algo muito além. Pode ser algo como encher-se de ternura, cordialidade, respeito, igualdade. Os exemplos são diversos e as emoções também. Deve haver alguma coisa que ainda emocione, impulsione, motive, inspire, desconstrua e reconstrua o seu modo de pensar, agir, viver e sentir. É brilho. E é exatamente este brilho que teremos através de nossas emoções.
Então, nos permitamos viver, sendo emoção também pois, deve haver alguma coisa que ainda emocione as pessoas!