Jamais ser o que os outros querem que sejamos...
Nós humanos, nascemos com uma série de reflexos condicionados, podendo dizer, que são “de fábrica", que envia uma série de reflexos para nos defendermos em situações que ela reconhece como sendo de perigo.
Além desses reflexos “de fábrica”, ao longo da vida vamos criando novos reflexos condicionados baseados nas novas experiências que vão surgindo.
No início do século XX, um médico russo chamado Ivan Pavlov queria descobrir o que causava a salivação e começou a fazer experimentos com cachorros. Toda vez que ele alimentava os cachorros, ele tocava uma sineta. Os cachorros, ao ver a comida, tinham o reflexo natural de começar a funcionar. E, então, eles começavam a salivar. Com o tempo, o reflexo dos cachorros se condicionou que ao ouvir a sineta, mesmo que não tivesse nenhuma comida no prato, a salivar.
Quando passamos a nos condicionar frente a algumas das experiências que temos na vida, as consequências podem ser sutis, mas podem também ser muito prejudiciais.
Pode ser que uma vez que na escola tenhamos feito uma apresentação que não deu muito certo, e hoje em dia fugimos de qualquer oportunidade de falar em público.
Pode ser que tenhamos sofrido uma desilusão amorosa e, agora, acreditamos que “todos os homens/mulheres são iguais/não prestam”. O que nos faz perder a oportunidade de ter relacionamentos saudáveis.
Pode ser, também, que algum amigo tenha traído a nossa confiança e, hoje, pensamos que “não tem gente honesta no mundo”. O que nos faz perder a oportunidade de conhecer pessoas incríveis.
Esse condicionamento também pode vir de fora da gente. Quando pessoas ou situações resolvem por nós, decidem por nós e acabam por nos condicionar também a aceitar as decisões/escolhas deles.
Mas espera aí!!!
O que nos torna humanos é justamente que, diferente dos cachorros daquele experimento, nós temos uma coisinha chamada…consciência!
Uma das definições de consciência é conhecimento: "O ser humano é o único ser que consegue, com sua autoconsciência (ou autoconhecimento!), reconhecer que a sua mente está condicionada por experiências passadas, ou pela sociedade, pela religião, pelos amigos."
E, com isso, o ser humano consegue, se escolher conscientemente despertar, ir se livrando desse monte de camadas de condicionamentos. Que são aprendizados de outras pessoas, e não seus.
Ou, se são seus, são aprendizados de um outro momento da sua vida que talvez até tenham sido úteis ou importantes lá atrás, mas não são no agora.
Debaixo de todas essas camadas de condicionamentos, adivinha quem encontramos? O nosso verdadeiro eu! Uma mente não-condicionada, cheia de potencial, mais ou menos como você era quando criança e podia ser tudo.
E uma forma bem simples para não sermos condicionados e vermos o nosso potencial não requer prática nem tampouco habilidade apenas, começar a fazer escolhas conscientes!
Hoje as escolhas que fizermos, agindo da forma que escolhemos, sendo quem queremos ser e tendo na nossa vida coisas e pessoas que nos façam prosperar, que nos acrescente algo benéfico gerará sempre ação (a nossa) e reação (dos outros) pois quando agimos mudamos, independendo do que possa acontecer.
Talvez muitos se afastarão pela nossa mudança de personalidade (pois existirá essa mudança com certeza) mas, como não somos mais condionados a ser o que os outros querem que sejamos, que aceitemos o que eles determinam, que eles então se afastem e que nós, permaneçamos em paz pois essas pessoas que nos fazem ser o que não somos, não precisam jamais estar ao nosso lado ou se fazendo presente com ações que já não tem mais valor algum.