O MORDOMO DA CASA BRANCA

O filme aborda um passado não muito remoto quando o negro se dispunha e até se admirava em se colocar numa condição de "bom subalterno e excelente servidor de seus “donos".

Porém o filme com uma narrativa precisa em seu tempo nos revela algo até então inusitado: "O bom e feliz criado.

Em tempo algum cai no piegas e/ou na autopiedade. Apenas aborda o tema com a visão de um homem que nasceu e viveu sob o domínio da escravidão e assim se fez um servidor notável para seus patrões e um pai de família sem rumo e sem norte para orientar seus próprios filhos.

O final tem um toque emocionante quando o bom “guri” serviçal se comove ao ver um negro (Obama) chegar na Casa Branca.

Este filme  nos induz a sentir na pele, sofrer com os atores, aderir a mesma causa, vivenciar fatos hediondos, como se fossem atuais, enfim, ele consegue nos incluir na própria história da humanidade, através de situações vividas de nossos antepassados.

Filmes que abordam a escravidão sempre nos deixam indignados. Como foi possível?

O Mordomo (DE 7 PRESIDENTES), apesar da rudeza, vai no politicamente correto em defesa da nação americana, e dos seus ideais de vida para todos que lá nasceram. Mas todos nascemos no planeta, o natural seria todos terem os mesmos direitos e oportunidades. 

Relata de forma eficaz aquele momento de transição vivido em duas formas de luta: a passividade e a agressividade.