PRECISAMOS FALAR SOBRE O KEVIN

01/10/2016 22:28

Um prato cheio para quem ama ou gosta da psicologia.

Um filme tenso, perturbador e ao mesmo tempo sutil em certos detalhes para que possamos vir a compreender o comportamento de Kevin desde o seu nascimento até completar os seus 18 anos.

O amor de mãe começa ao saber que está grávida ou só vem depois com o tempo?

Será que vem ou apenas se acostumam a amar?

O silêncio, a falta de diálogo entre os pais pode isso influenciar no comportamento do filho do casal?

O que uma mãe sente pode ela passar para uma criança ou isso é apenas psicológico?

A criança pode nascer com um comportamento hostil ou ela vai adquirindo?

Podemos nascer maus ou nos tornamos maus?

São essas e várias outras perguntas que se acercam em volta da história.  

Uma mãe que não recebeu bem a sua gravidez, seu futuro filho pois não foi planejado e muito menos comemorado depois de nascer. E o menino com o tempo sabia disso. Ele sabia que não tinha o amor genuíno de sua mãe. Será que é por saber que ele a desprezava ou por que ele de fato era assim?

Ele mantinha uma dupla personalidade. Com a mãe ele era hostil, estúpido e a manipulava sempre que tinha oportunidade e com o seu ele agia como um garoto animado, feliz. O menino sempre mostrou sua verdadeira face para sua mãe quando quebra o braço ou quando mastiga a alichia (essa é uma cena muito forte e sutil).

Por que sua mãe nada fez a respeito?

O que se passava com ela por não saber tomar as rédeas de seu filho?

Por que ela virou refém desse medo?

Queria ele que ela agisse como uma mãe de verdade?

Esse é um dos filmes mais impactantes e perturbadores a que assisti. Trata-se de temas muito delicados: primeiro a difícil relação entre mãe e filho e segundo o psicopata na sociedade. A desorientação do que fazer da mãe em relação ao filho é realmente o ponto chave do filme. É difícil de acreditar que uma pessoa já nasça com má índole, com vontade de punir e manipular os outros.