Sabedoria

Final de ano e os estudantes, de diferentes idades, ficam na expectativa dos resultados finais escolar, se foram aptos ou não aptos para frequentarem a série seguinte.

Isso é frequente em finais de ano e fiquei me perguntando como seria se a sabedoria pudesse ser dada de forma transcendental (sussurrada e transmitida continuamente) como aconteceu com Salomão, rei que governou Israel por 40 anos, cuja história está escrita na Bíblia dos cristãos e conhecido pela sua grande sabedoria, prosperidade e riquezas abundantes, bem como um longo reinado sem guerras.

Quanto tempo (estudantes), dinheiro (pais), seria economizado se o conhecimento não fosse como bem revelou Einstein: só um pouco de inspiração e muita transpiração??

Se pudesse dizer algo a esses jovens, diria que a vida nos é apresentada em fases e que a soma de todas elas é que escrevem a nossa história nessa terra e, nessa história optem-se a sabedoria, através de nossas superações, de nossa força de vontade e de nossa busca constante pelo conhecimento, seja através de conversas com mais velhos, seja através de atualizações.

Que é preciso enfrentar a fase louca e que ela vai passar e novas fases virão: constatar se o curso escolhido foi ou não a melhor opção... levar adiante ou mudar... concluir o curso... Depois ainda surge o mercado de trabalho com outros inúmeros e enormes desafios.

E aí a vida vai passando..,

E acontece de tal forma, como escreve o grande poeta Mário Quintana:

“Quando se vê, já terminou o ano.

Quando se vê, perdemos o amor da nossa vida.

Quando se vê, já se passaram 50 anos.

Agora é tarde demais para ser reprovado”.

A busca pela sabedoria não é um simples projeto a ser executado, mas sim uma caminhada que dura a vida inteira. Aprender a gostar da caminhada é o melhor incentivo a não desistir.

A sabedoria não se transmite! É preciso que a gente mesmo a descubra depois de uma caminhada que ninguém pode fazer em nosso lugar e, que ninguém nos pode evitar ou impedir pois a sabedoria é uma maneira de vermos as coisas.

Nesse infindável aprendizado que é a vida, importante mesmo é não acabarmos esquecendo o essencial: sermos felizes. Até porque, em relação à sabedoria, demoramos muito aprender que “sábio não é o homem que fornece as verdadeiras respostas; -  é o que formula as verdadeiras perguntas”. (Claude Lévi-Straus)