Se perca para só então, se reencontrar!
Às vezes é quando a gente se perde que encontra um novo caminho, um novo EU.
É quando a gente se distancia das coisas incômodas, das pessoas nocivas e dos momentos que pouco agregam. É o tempo que a gente passa a reservar para nós mesmos, algo mais.
O coração, agora calejado, preza muito por ligações que somam, instigam, motivam e refletem outro tipo de comportamento. É o verdadeiro viver desabrochando dentro da gente.
Ninguém sabe todas as respostas e os que vivem em certezas, certamente bem menos. Mas quando a gente permite se abraçar, reconhecendo a própria solidão, nada parece assim tão complicado. Porque solidão faz bem. Estar com a gente mesmo exige coragem e muito amor. E é no amor primeiro o princípio do outro. Demandar carinho, admiração e cuidado vindo de dentro, prepara e renova o fôlego no caso de tropeços e inquietudes jogadas pela vida. Não há tempo perdido. Não há silêncio ignorado. Não há arrependimento mantido. A confusão emocional do passado dá lugar para o sorriso de quem quer construir o hoje com mãos firmes e prazeres estendidos e sentimentos compreendidos. Se perder não é desespero, fuga ou qualquer outro escape. Reconhecer a necessidade da mudança não é mentir pra si e tampouco fingir ser quem não é. Nada disso. Estar fora da zona de conforto mostra evolução. E como precisamos todos evoluir.
É preciso se perder para então se encontrar. É uma escolha. Uma escolha que implica disposição e entrega. Mas não menos sentir. Pois não importa o final do caminho, desde que se esteja conhecendo cada instante ao longo do coração, do nosso coração. Não é por lá que tudo começa?