Ser eternamente grato
Em várias horas do meu dia agradeço à Deus pelos pequenos detalhes gratuitos que só sentimos quando nos permitimos desconectar um pouco da correria, dos problemas, das preocupações, das tristezas que volte em meia, bate em nossa porta.
Diante de tanta bondade divina surge um sentimento de gratidão, que traz junto uma espécie de reflexão sobre a vida: o que estou fazendo com a minha? Estou apenas envelhecendo, amadurecendo ou evoluindo?
Tenho certeza de estar na terceira opção pois para envelhecer não precisamos fazer muita coisa; basta sobreviver e o tempo se encarrega do restante. Amadurecer já requer certo esforço de nossa parte, aproveitando as situações boas e não tão boas que a vida nos coloca e aprender com elas. Mas evoluir...
Amadurecer é chegar a um estágio emocional e intelectual compatível com a idade cronológica que se tem. Evoluir é ir mais além: é desabrochar suas potencialidades internas, sejam elas quais forem; é fazer a diferença na sua vida e na daqueles que estão ao seu redor.
É tonar-se um ser único. Procurar ser integrado e não perfeito, pois perfeição é algo inatingível.
Porque viver tem que ser prazeroso. Evoluir não deve ser encarado como um sacrifício, mas sim de superação de si mesmo, tornando-se mais e melhor do que se é. E isso, mesmo com todos os esforços envolvidos, resulta em satisfação com sentido.
Às vezes me surpreendo frente à capacidade da vida e da natureza, nas suas simplicidade e beleza, de provocarem reflexões tão profundas em nós. Um dia, com todo seu esplendor, muitas vezes desperta uma das maiores virtudes, a gratidão, que encerra com chave de ouro um desenrolar de fatos na expressão final “muito obrigado”. Gratidão como atributo daqueles que sabem reconhecer: dificilmente os que apenas sobrevivem, às vezes os que vivem, e com certeza os que fruem e evoluem.