Tempo, és um senhor tão bonito e justo.

O fato é que ao longo do caminho são muitas as tentativas de nos fazer parar. De nos fazer deixar de acreditar e de não irmos adiante. Há, de fato, uma péssima espécie humana que associa os seus fracassos as pessoas que se importam com elas, ainda que não haja qualquer remota ligação entre as coisas.

Mas este texto não é para falar sobre estes tipos de pessoas. 

É para falar sobre nós. Nós que aguentamos firme, que deixamos as coisas entrarem por um ouvido e saírem pelo outro, porque estávamos ocupados demais trabalhando e construindo a nossa estrada, sendo bons e verdadeiros, sendo honestos e íntegros.

Esse texto é nosso, não é deles. Esse texto é apenas para celebrar a garra, a honestidade e a luta. E para dizer: “ Sim, estamos de pé”, onde sofremos pedradas jogadas contra nós e puxadas de tapete.

Estamos de pé, o sol bate no nosso rosto e dormimos noites incríveis com a cabeça leve no travesseiro.

E olha só onde viemos parar? Muitos de nós foram sacaneados por acreditar. Tomaram um pé na bunda. Outros foram traídos. Mas sempre saímos pela porta da frente, com a cabeça erguida, mesmo estando muito magoados por todas as situações maldosas que passamos. Talvez nunca tenhamos sido os mais espertos, mas certamente sempre fomos os mais honestos.

E, graças a Deus, a vida nos recompensou por sermos assim.

Enquanto isso, honramos cada segundo de nossa vida. Disseram que éramos bobos demais. Sonhadores demais. Que nos iludíamos demais. Disseram que tínhamos fé demais. Bom, devemos informar que luta e fé nunca existem em doses excessivas e nós somos resultado disso. 

Permitam-me um conselho: saiam dessa vida. Sejam maiores do que isso. Porque, sabe? Nós abandonamos relacionamentos abusivos, nós começamos tudo de novo, nós acreditamos na vida e, acima de tudo, nós seguimos sendo estes “bobos” que as pessoas que de nós abusavam, desrespeitavam, desprezavam e desvalorizavam,  enxergaram quem realmente somos: pessoas com caráter e, a má reputação que eles tentaram  incutir em nós, tiveram e terão que engolir. 

Não terão mais como “pisar” em nós.

E encerro afirmando que, os que não encontram nenhum sentido ao lerem este texto curiosamente tendem a ser os que fazem ou fizeram muito mal a alguém, num possível relacionamento que puderam ter mantido com estas pessoas que hoje, apesar de carregaram cicatrizes, ainda são capazes de viver com um sorriso no rosto, com muita fé, força e superação 

E como dizia o poeta gaúcho Mário Quintana " Todos esses que aí estão (ou estavam) atravancando o meu caminho, eles passarão... eu passarinho!