TOMBOY

16/10/2016 21:15

Um filme que aborda a questão do transtorno de identidade de gênero (TRANSEXUALISMO)

Os personagens do filme se interagem em família sem cobranças de posturas, sem paranoias sobre comportamentos, sem julgamentos. A menina protagonista sabe que jamais será menina e seus país entendem sua realidade, precisa apenas de uma adaptação exigida pela mãe para conviver no mundo, usar seu verdadeiro nome de batismo, o resto não importa, pois eles vão sempre amá-la do jeito que ela escolher viver pois a linguagem do amor é o que interessa. Gostei muito também da relação de cumplicidade e carinho entre as irmãs.

Que maneira mais simples e ao mesmo tempo original e maravilhosa de se contar uma história. A infância, como todo adulto sabe, é uma fase da vida cheia de descobertas e dúvidas e ao tentar assumir uma personalidade distinta do modismo e parâmetros ditados pela sociedade, pode vir o sofrimento. Nesse contexto, duas opções surgem, ou nos deixamos levar pelo modismo, ou assumimos nossa real personalidade. Difícil escolha para uma criança. O personagem principal se arrisca de uma maneira desastrosa, mas era o melhor que podia fazer por ele mesmo. Trilha sonora majestosamente composta por uma única melodia. Personagens bem delimitados e um destaque para a atuação da artista que interpretou brilhantemente a irmãzinha caçula do personagem principal.

Particularmente, achei o filme encantador. A forma com que ele tratou a sexualidade na infância foi muito natural e até mesmo, pura. Fiquei apreensiva o filme inteiro, sem contar as partes de tirar o fôlego que você chega a pensar: "Como pode? De onde ela tira essas ideias?" Adorei como trataram a visão da criança e ainda mais a visão da pequena irmã, ela me emocionou diversas vezes pela doçura e principalmente, o que mais me encantou, foi o amor incondicional do pai pela menina.

Não deixem de assistir, você vai ficar pensando no filme por um longo tempo, com um doce sorriso nos lábios e estrelas nos olhos.