Um olhar carinhoso sobre nós mesmos

10/04/2015 07:11

Começo o texto hoje, fazendo algumas perguntas que fiz a mim mesma:

“- Desde quando nos tornamos seres incompletos?

- Quando foi que passamos a buscar algo que era natural e sempre fez parte em nossas vidas?

- Para onde se foram nossos sorrisos espontâneos?  E os nossos sonhos?

- Por que nos sentimos algumas vezes infelizes, sem sabermos nem mesmo o porquê?

- Quem é realmente o “eu”, em cada um de nós?

- Do que realmente gostamos?

Tá certo! Mas por que estas perguntas do nada? A onde quero chegar?

Fiquei pensando, que quase tudo o que se “cria” dentro de nós, é pela nossa ansiedade. E hoje, ela tem sido o nosso maior inimigo.

Tudo porque nos acostumamos a conseguir o que queremos rapidamente, nos fazendo esquecer de como é ter que dar um tempo e esperar.

Queremos uma resposta e, em segundos, a encontramos em sites, em telefonemas, em suportes técnicos. Pronto, somos mestres em qualquer assunto e prá já, alguns problemas estão resolvidos.

Só que, nem tudo é tão simples assim!

Nos tornamos pessoas que sabem pouco de muito e muito de pouco. Resumindo: não sabemos nada! Focar a atenção pode ser uma luta... Passar um dia sem tecnologia pode causar grande desconforto... Não sabemos mais administrar nossos medos e angústias sozinhos.

Até acredito que nem saibamos mais quem somos realmente.

Primeiro, temos que descobrir quem somos individualmente.
Refletimos inúmeras vezes sobre o mesmo problema e, de repente enxergamos detalhes que haviam passado despercebidos.

Desperdiçamos muita energia em algo improdutivo, o que seria neste caso, ficando preocupados mais do que  necessário (ansiosos) com assuntos que, se tivéssemos calma, seriam facilmente resolvidos. Saber o caminho ideal para cada um de nós, conhecer nossos gostos pessoais focando mais em nós mesmos.

Neste momento, enquanto estivermos vivendo a nossa vida, nos conhecendo e tendo nós mesmos como foco, não importará a velocidade com que anda o mundo, mas sim, a nossa velocidade, no nosso tempo e em paz.

Vamos parar um pouco e fazer aquilo que gostamos de fazer, dar uma pausa na correria de nossos dias, parar um pouco e fazermos aquilo que gostamos de fazer. Deixar e sentir a vida apenas nossa, neste momento.

Antes de nos cobrarmos tanto e nos cobrarem tanto, tentemos ser gratos por tudo o que já alcançamos em nossas vidas. Sermos gratos pelos pequenos detalhes, que ansiosos, nem percebemos, pois vivemos com a pressa da perfeição ou da conquista.

Entender que a vida caminha e que ninguém tem nada a ver com isso e ser gratos por tudo o que temos em nossas vidas, até pelos nossos problemas, que poderiam ser piores.

O pior é que costuma-se dar mais valor àquilo que é passageiro e, pouco valor, àquilo que é duradouro.

Nos perdoemos por nossos erros e tenhamos em mente que somos vencedores por estarmos aqui hoje, por termos conseguido sorrir depois de tempos nebulosos e por exigirmos tanto de nossos corpos e mentes.

Não existem manuais ou passo a passos que tragam respostas simples para uma satisfação plena ou que nos mostrem, em vários e diferentes perfis, onde cada um de nós se encaixa com mais exatidão.

O aqui, o agora é cada um de nós. Nossas escolhas devem reger nossas vidas. Nosso tempo é que deve reger nosso ritmo. Um basta a esta ansiedade tantas vezes imposta em nosso “eu” por um padrão banal de sociedade.

Nos tiremos do “modo ansiedade” de viver e liguemos o “modo pausa” por um tempo nos dando a oportunidade para refletirmos sobre como viemos parar nas situações que nos desagradam hoje e traçar caminhos para mudanças, dando um olhar mais carinhoso para nossas vidas. O autoconhecimento é fundamental para este encontro e para todas as respostas que lá no início, fiz a vocês.

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