Você acha que está VIVO???
Estranha esta pergunta do título? Nem tanto.
Então, se depois de ler esse texto você achar que ainda está vivo, ótimo!
Caso contrário, é bom repensar se ainda existe algum sopro de vida aí dentro.
Vou escrever um pouco quando descobre-se que está se morrendo um pouco, a cada dia...
A primeira parcela de morte acontece quando acredita-se que existam vidas mais importantes e interessantes que a nossa.
Morre-se mais um pouquinho no dia em que acredita-se em vida ideal, estável, segura e confortável. Passam a não saber lidar com as mudanças, pois elas aterrorizam.
Depois seguem-se outras mortes. Perde-se gotículas de vida diária, desde que passam a consultar os medos ao invés do coração.
No dia em que nosso lábios dizem não, morre-se também pois o coração quer gritas sim!
Morre-se no dia em que abandona-se um projeto pela metade por pura falta de disciplina. No dia em que entrega-se à preguiça. No dia em que decidi-se ser ignorante, cruel, egoísta e desumano consigo mesmo. Você pensa que não decide essas coisas? Decide sim! Sempre que você troca uma vida saudável por vícios, gulodice, sedentarismo, drogas e alienação intelectual, emocional, espiritual, cultural ou financeira, você está fazendo uma escolha entre viver e morrer.
Morre-se no dia em que decide-se ficar em um relacionamento ruim, apenas para não ficar só. Tarde demais, percebe-se que troca-se o afeto por comodismo e o amor, por amargura.
Outra vez morre-se, no dia em que se abre mão dos nossos sonhos por um suposto amor pois confunde-se relacionamento com posse e ciúme com zelo.
Quando acredita-se em críticas de pessoas cruéis, morre-se também.
Morre-se no dia em que nos tornamos escravos de nossas indecisões. Em que prestamos mais atenção às rugas do que aos sorrisos.
Morre-se no dia que se inveja , fofoca e difama. Quando nos tornamos vampiros da felicidade alheia.
Morre-se no dia em que troca-se o hoje pelo amanhã.
Quer saber o mais estranho? O amanhã não chegou. Ficou vazio. Sem história, música ou cor.
Então meus amigos, não morre-se de causas naturais. Somos assassinados todos os dias. As razões desses abandonos foram uma sucessão de desculpas e equívocos. Mas ainda assim foram decisões.
O mais irônico de tudo isso?
As pessoas que vivem bem não tem medo da morte real.
As que vivem mal é que padecem desse sofrimento, embora já estejam mortas.
